
Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Doutor Wendell Uguetto fez residência em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas da USP e foi aprovado em primeiro lugar na residência de Cirurgia Plástica no mesmo Hospital.
Publicado em: 24/09/2025 | Última Atualização em 25/09/2025
A ginecomastia, caracterizada pelo aumento das mamas em homens, está quase sempre relacionada a um desequilíbrio hormonal. Quando a testosterona diminui e o estrogênio ganha predominância, o tecido mamário passa a crescer de forma perceptível, trazendo desconforto físico e psicológico. Embora em muitos casos o tratamento médico seja indicado, é possível atuar na prevenção e até reduzir os sintomas por meio da alimentação, do estilo de vida e de hábitos que favorecem o equilíbrio hormonal.
Os hormônios masculinos são responsáveis pela regulação de diversas funções metabólicas e também pela definição de características físicas. Quando há queda na produção de testosterona ou aumento da conversão em estrogênio, o corpo passa a estimular o crescimento do tecido mamário. Isso pode acontecer em diferentes fases da vida: na adolescência, em razão da chamada ginecomastia puberal, que costuma desaparecer sozinha após alguns meses, ou na vida adulta, devido a fatores como uso de medicamentos, excesso de gordura corporal, doenças metabólicas e hábitos de vida inadequados.
O que você coloca no prato interfere diretamente no funcionamento dos hormônios. Alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, gorduras saturadas e frituras favorecem processos inflamatórios e aumentam a acidez do organismo, dificultando a regulação hormonal. Por outro lado, uma dieta baseada em vegetais, frutas frescas, grãos integrais, leguminosas e proteínas magras contribui para manter o corpo mais alcalino e equilibrado. A proposta de adotar cerca de 80% de alimentos alcalinos e apenas 20% de alimentos ácidos pode ser um caminho interessante para quem busca reduzir os efeitos da ginecomastia de forma natural. Além disso, a hidratação é essencial: beber entre oito e dez copos de água por dia melhora a circulação, facilita o transporte de nutrientes e auxilia na eliminação de toxinas, fatores que favorecem o controle hormonal.
É importante diferenciar a ginecomastia verdadeira do simples acúmulo de gordura na região peitoral. A chamada pseudoginecomastia está associada ao excesso de peso e costuma responder bem a dieta balanceada e prática de exercícios físicos. Já a ginecomastia real, quando há crescimento do tecido mamário glandular, pode precisar de acompanhamento médico. Ainda assim, manter um estilo de vida saudável é fundamental em ambos os casos, pois melhora a composição corporal, reduz a inflamação e ajuda no equilíbrio hormonal.
Praticar atividade física com regularidade é outro ponto que favorece o controle da ginecomastia. Treinos de musculação, em especial os que trabalham grandes grupos musculares, estimulam a produção natural de testosterona. Atividades aeróbicas, por sua vez, ajudam a reduzir o percentual de gordura corporal, o que diminui a aromatização, processo em que parte da testosterona é convertida em estrogênio. Dormir bem, evitar o consumo excessivo de álcool e controlar o estresse também são medidas que impactam diretamente nos níveis hormonais.
Além das mudanças físicas, a ginecomastia afeta profundamente a autoestima masculina. Muitos homens relatam vergonha de tirar a camisa em público, evitam atividades sociais e podem até desenvolver quadros de ansiedade e depressão. Trabalhar o corpo e a mente de forma integrada é essencial. Melhorar a alimentação, incluir exercícios na rotina e buscar acompanhamento médico quando necessário ajuda não apenas a reduzir o volume das mamas, mas também a recuperar a confiança e a qualidade de vida.
Embora a dieta equilibrada e o estilo de vida saudável possam contribuir bastante, nem sempre são suficientes para reverter a ginecomastia. Existem casos em que a cirurgia é a opção mais indicada, especialmente quando o crescimento da glândula mamária é significativo. Ainda assim, adotar hábitos que favoreçam a saúde hormonal é útil em qualquer cenário, seja para prevenir a piora, potencializar os resultados de um tratamento médico ou evitar a recorrência do problema.
O Dr. Wendell Uguetto, especialista em ginecomastia é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica no Hospital das Clínicas da USP. Atualmente, atende em consultórios localizados no bairro Ibirapuera e no Hospital Israelita Albert Einstein, ambos em São Paulo.
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