Especialista em Ginecomastia, ganhador de vários prêmios, como o Quality de melhor cirurgião de 2011, Dr. Wendell Uguetto quer ajudar você a entender mais sobre a Ginecomastia.
Quais hábitos ajudam no tratamento de ginecomastia?
Publicado em: 24/06/2020 | Última Atualização em 17/10/2024
A ginecomastia é um problema que pode atingir homens de todas as faixas etárias e em qualquer momento de suas vidas, apesar da ginecomastia puberal, que ocorre na adolescência ser mais comum. Como toda condição ou doença, existem algumas atitudes ou ações que o paciente pode realizar para ajudar no tratamento do seu caso. Deve-se lembrar que a ginecomastia deve ser tratada com medicamentos ou cirurgia, mas pequenas atitudes no cotidiano podem auxiliar o tratamento em si.
O paciente nunca deve se automedicar, comprimir as glândulas ou machucar o local, até porque são glândulas do corpo que estão avantajadas, podendo apresentar dor, sensibilidade e até mesmo uma lesão, caso seja machucada. Conheça mais sobre esse assunto e entenda o que você pode fazer para auxiliar no seu quadro. Confira!
Afinal, como saber se é mesmo ginecomastia?
Muitos pacientes, ao notar a protuberância das mamas, acredita que está com ginecomastia apenas ao olhar e não fazer exames. É importante salientar que apenas o especialista, com auxílio de exames de imagem, exame físico e conhecendo a história do paciente, consegue chegar ao diagnóstico correto e afirmar se trata de um quadro de ginecomastia ou de pseudoginecomastia, que são duas condições completamente diferentes e que portanto possuem tratamentos diferentes.
Os sintomas de ginecomastia são mais que apenas o crescimento das mamas, que por sua vez aumentam basicamente atrás do mamilo, causando o inchaço que o paciente vê. Como a ginecomastia é uma questão hormonal e não é acúmulo de gordura na região, os problemas hormonais geralmente apresentam sintomas também. Dessa forma, a área da mama pode apresentar sensibilidade, dores, inchaços, assim como o paciente pode apresentar problemas sexuais como disfunção erétil e falta de libido.
Ao suspeitar que possui ginecomastia, é muito importante que o paciente procure ajuda, pois apesar dessa condição do crescimento anormal das mamas parecer apenas questão estética, na verdade é uma questão séria de saúde, pois esse crescimento das glândulas mamárias apenas ocorre quando algo está incorreto com o equilíbrio hormonal do homem.
Tratar a ginecomastia de forma convencional, que é por meio de medicamentos específicos ou cirurgia minimamente invasiva de retirada das glândulas, são as formas ideais. Não existe receita mágica ou outras formas de tratamento que extirpem esse problema. Algumas atitudes e hábitos podem auxiliar e amplificar a ação do tratamento, mas sozinhas não irão resolver o problema por si só.
Exercícios físicos ajudam?
Essa é uma pergunta muito comum nos consultórios dos especialistas ao redor do mundo. E sim, eles ajudam e muito! A realização de exercícios físicos é indicada para qualquer pessoa saudável, e no caso da ginecomastia, também. Mas deve ficar claro qual a intenção de realizar exercícios físicos durante o quadro de ginecomastia.
gde exercício físico pode diminuir a gordura do local, assim como disfarçar a condição quando o homem estiver com uma roupa mais apertada, por exemplo..
Entre os exercícios recomendados, pode-se citar caminhadas, alongamentos, pilates e exercícios de peito com peso leve. Exercícios muito pesados não são recomendados, podendo até piorar a condição!
Uma grande qualidade das atividades físicas, é que alguns homens pensam ter ginecomastia, quando na verdade, só possuem pseudoginecomastia, que é o acúmulo de gordura na região. Com os exercícios, ele perde totalmente esse volume!
Alimentação balanceada
Ao passo em que exercícios físicos são recomendados, a alimentação regrada e baseada em alimentos naturais também está igualmente recomendada, ao passo que além de fazer bem para o paciente, auxilia nas atividades físicas. Durante o tratamento de ginecomastia, o paciente deve evitar alimentos gordurosos, ricos em açúcar, frituras e com excesso de sal. Optar por refeições completas, ricas em nutrientes e que auxiliem na nutrição adequadamente é o ideal. A alimentação tem grande importância tanto para o corpo em si, como para manutenção de peso, prevenção de doenças e obesidade, que é um fator desencadeante de pseudoginecomastia e ginecomastia, pois também tem questões hormonais envolvidas.
Controlar o peso
Em conjunto com as atividades físicas e a alimentação regrada, controlar o peso também é uma grande orientação. O sobrepeso e obesidade, além de serem prejudiciais para a saúde de forma geral aumentando a probabilidade do desenvolvimento de diabetes, hipertensão, AVC e infarto, também gera acúmulo de gordura em diversas regiões do corpo, inclusive as mamas. Sendo assim, se o paciente já possui ginecomastia, o local ficará com um aspecto maior ainda e flácido, piorando a condição.
Inclusive, é importante citar que a obesidade por si só pode gerar ginecomastia no paciente, pois o excesso de gordura também gera mudanças hormonais prejudiciais. Está enganado quem pensa que a obesidade gera apenas pseudoginecomastia (aumento da gordura na região das mamas, semelhante a ginecomastia).
Não exagerar na bebida alcoólica
A recomendação de não exagerar na bebida alcoólica e evitar o alcoolismo é mundial, mas no caso do tratamento da ginecomastia, essa indicação possui mais sentido ainda. Em alguns casos, a ginecomastia pode ser causada por problemas no fígado, que por sua vez podem ser causados por bebidas alcoólicas ou intensificado por elas. Dessa forma, durante o tratamento de ginecomastia é extremamente importante que o paciente fique sem beber ou beba em pequena quantidade e em tempos espaçados para ajudar em seu tratamento. Inclusive, existem medicamentos que não devem ser ingeridos de forma nenhuma se o paciente ingerir bebida alcoólica depois, pois os efeitos mudam ou se dissipam.
Não tomar anabolizantes
Apesar de parecer uma dica óbvia, pois o uso de anabolizantes traz inúmeros malefícios para a saúde de quem usa, no caso de ginecomastia essa indicação deve ser levada a sério em outro patamar. Anabolizantes são doses anormais de hormônios, que em 50% dos usuários cria ginecomastia, ou seja, causa uma anormalidade nos níveis hormonais masculinos a ponto de gerar efeito rebote e aumentar em grande parte a quantidade de hormônios femininos no corpo do paciente, que por sua vez causam inúmeros problemas, que entre eles pode-se citar a disfunção sexual e a ginecomastia.
Dessa forma, durante o tratamento de ginecomastia, é proibido usar anabolizantes, pois eles se chocam com a ação dos medicamentos que colocam os hormônios em ordem, piorando o problema e gerando sequelas, por exemplo.
Não usar drogas
Apesar de parecer outra recomendação óbvia, o uso de drogas como a maconha além de terem seus efeitos negativos no paciente, podem gerar ginecomastia. Ainda não existem grandes estudos que relacionam o uso de drogas ao problema hormonal da ginecomastia, mas de acordo com algumas pesquisas na área feitas em animais, a maconha possui uma substância que demonstrou aumentar os níveis de progesterona nos animais, que por sua vez causou aumento das mamas, diminuição das gônadas, quantidade de espermatozóide e diminuição de libido. Mas, por outro lado, existem outros estudos que desmentem essas afirmações.
Afinal, o que fazer? A recomendação é sempre ficar longe das drogas, pois de qualquer forma podem atrapalhar na ação de medicamentos que tratam a ginecomastia, e podem também atrapalhar na recuperação da cirurgia, caso por feita.
Procurar ajuda psicológica
Sim, procurar ajuda psicológica também entra na lista. A ginecomastia além de gerar mudanças negativas de forma física, também pode interferir na saúde mental do paciente. Esse problema mexe diretamente com a auto estima do homem, ao passo que o paciente pode deixar de tirar a camisa em praias e piscinas, assim como se distanciar das pessoas, evitando sair de casa.
Além desse distanciamento que traz males tanto para as relações sociais do paciente como também para sua mente, esse quadro pode piorar para ansiedade e até mesmo depressão, principalmente em casos de ginecomastia na puberdade. A depressão, por sua vez, pode gerar problemas de sono, alimentação e rendimento escolar ou no trabalho, por exemplo!
Na fase adolescente, os meninos se preocupam muito com a sua reputação, imagem corporal e sucesso entre os colegas. Ao possuir uma condição que gera deformidade, mesmo que leve nas mamas, o paciente se vê como uma pessoa anormal, diferente dos comuns. Em casos assim, os danos psicológicos podem ser maiores ainda.
Para prevenir ou tratar os problemas de saúde psicológica, o paciente deve ter apoio integral da família, amigos e do psicólogo, que irá dar as melhores recomendações para a pessoa se sentir melhor e saber que não está sozinho nessa trajetória de cura.
É importante lembrar que com a saúde psicológica em dia, o paciente consequentemente terá mais ânimo e vontade de realizar as outras recomendações para ajudar no tratamento. A saúde de forma geral é essencial para que o paciente tenha forças para continuar a medicação corretamente e realizar as atividades recomendadas pelo médico. Você não está sozinho!
Conte com Dr. Wendell Uguetto
Com diversos anos de experiência em diagnosticar, acompanhar e tratar a ginecomastia, o Dr. Wendell possui toda a estrutura para te ajudar a se livrar da ginecomastia. Agende sua consulta!
Atualmente, o Dr. Wendell Uguetto tem um grupo de ensino, sem fins lucrativos, dedicado a alunos de Medicina, contando com mais de 2.500 alunos. Dedica-se exclusivamente aos atendimentos particulares, nos quais recebe seus pacientes em consultórios localizados nos bairros do Itaim e no Morumbi, nas dependências do Hospital Israelita Albert Einstein. Ainda no hospital Albert Einstein, um dos mais prestigiados do país, o Dr. Wendell é chefe de equipe de retaguarda em cirurgia crânio-maxilo-facial.