Ginecomastia – tipos de tratamento medicamentoso

Publicado em: 18/04/2017 | Última Atualização em 17/10/2024

Indicado quando a hipertrofia mamária é muito dolorosa para o paciente e não melhora depois de tomar alguns analgésicos, o tratamento medicamentoso entra em cena para controlar a dor e também na tentativa de reduzir o inchaço, gerando, em alguns casos, a retração da mama aos níveis estéticos do padrão masculino. Em outros casos o tratamento medicamentoso também é recomendado para casos de ordem psicológica.

Existem alguns tipos específicos de tratamentos medicamentoso, mas, em todos eles, é importante começar cedo o tratamento, pois a ginecomastia com mais de 1 ano de progressão não costuma responder bem aos medicamentos e somente a cirurgia resolverá o problema.

Tipos de tratamento medicamentoso

Há 3 classes de medicamentos indicadas para tratamento da ginecomastia: andrógenos (testosterona, dihidrotestosterona, danazol), inibidores de aromatase (anastrozole, letrozole) e antiestrogênicos (clomifeno, tamoxifeno, raloxifeno).

Vamos falar de todos esses tipos agora:

Andrógeno – testosterona

Em outros tempos, a crença era de que a administração de testosterona seria eficiente no tratamento da ginecomastia, mas hoje sabemos sobre a utilidade muito limitada disso, por conta da conversão para estradiol, que pode determinar em uma piora no quadro da ginecomastia.

Andrógeno – dihidrotestosterona

A dihidrotestosterona (DHT) é um poderoso andrógeno que pode ser administrado em base de gel com absorção pela pele.

Quando se trata de ginecomastia, consegue auxiliar o paciente de forma médica, com 25% de regressão total e 50% de regressão parcial após 4 a 20 semanas de utilização do gel.

Andrógeno – danazol

Classificado como um “fraco androgênio”, o danazol é usado também no tratamento medicamentoso da ginecomastia.

O danazol ajuda na redução testicular de estrógenos, aumentando a quantidade de testosterona livre.

Pesquisas demonstram regressão completa da ginecomastia em 40% dos casos e melhora da dor em até 75%.

Inibidores de Aromatase

Trata-se de um inibidor de enzima que é responsável pela conversão da testosterona em estrogênio.

Este tratamento tem oferecido diferentes graus de sucesso contra a ginecomastia. Há poucos efeitos colaterais, o que favorece esse tratamento medicamentoso. O mesmo acontece com a nova geração de inibidores de aromatase – anastrozole, letrozole.

Antiestrogênico

Outro que também possui baixos índices de efeitos colaterais. Além de ter um custo baixo para o tratamento, os antiestrogênicos têm sido as drogas mais utilizadas no tratamento da ginecomastia atualmente, por conta deste fator econômico.

O tamoxifeno, um antiestrogênico com grande afinidade pelas células mamárias, tem demonstrado grande eficácia no tratamento da ginecomastia. Novamente, a eficácia depende da precocidade do tratamento, quanto antes, mais chances de sucesso.

Pesquisas mostram eficácia de quase 100% na ginecomastia puberal (do adolescente) e de até 78% em outros casos de ginecomastia. Atualmente, o tamoxifeno é a droga de escolha para o tratamento da ginecomastia idiopática com pouco tempo de história na comparação com os tratamentos citados anteriormente.

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