Ginecomastia e câncer de mama: existe relação?

Publicado em: 16/06/2020 | Última Atualização em 17/10/2024

Mesmo que acometa uma parte considerável de homens de todas as idades, a ginecomastia ainda é um assunto cheio de mitos. Inclusive, algumas mentiras são espalhadas sobre essa doença, o que só dificulta a busca por tratamento e o diagnóstico adequado. Inclusive, entre esses mitos existem verdades que precisam ser difundidas para que os pacientes tenham um tratamento para ginecomastia adequado com a sua condição. Dessa forma, procurar informação de qualidade e ajuda com o especialista adequado irá tratar o problema, que tem cura!

Tratamento para ginecomastia: procurar ajuda na hora certa é essencial

Assim que perceber o crescimento anormal das mamas, o homem deve procurar ajuda com o cirurgião, que por sua vez irá examinar o problema fisicamente e solicitar exames de imagem e de sangue para comprovar a existência de ginecomastia. inclusive, a ginecomastia pode apresentar outros sintomas como dor e sensibilidade no local, assim como outros sintomas hormonais.

Diferente do que muitas pessoas possam pensar, a ginecomastia não é um problema maligno, ou seja, não apresenta riscos a vida do paciente. Por falar nisso, existe uma dúvida que está presente em muitos consultórios do mundo: a ginecomastia aumenta as chances dos homens terem câncer de mama, existe uma relação entre essas duas doenças? Descubra.

Afinal, ginecomastia é um tumor?

Ao notar que as mamas estão doloridas e avantajadas, muitos pacientes acreditam estar com algum tipo de tumor, seja ele maligno ou não, ainda mais pelo fato de que se palpadas, pode ser possível sentir a protuberância nas mamas, que nada mais são as glândulas mamárias com tamanho maior que o normal. Sendo assim, a ginecomastia não é um tumor, e está longe de ser um crescimento de células anormal.

A ginecomastia é um problema causado pela desordem hormonal do paciente, que por ter progesterona a mais que o normal, acaba por ter sintomas desse hormônio em excesso no corpo, como problemas sexuais, aumento das mamas e sensibilidade nessas regiões, por exemplo. Ou seja, a ginecomastia é um crescimento das glândulas mamárias por causa dos hormônios femininos. Muitas vezes, ao tomar a medicação adequada, as glândulas têm seu tamanho regredido. Em caso de cirurgia são extirpadas, evitando que o problema volte para sempre.

Homens podem ter câncer de mama?

Apesar dos casos de câncer de mama serem em sua grande maioria em mulheres, homens também possuem tecido mamário, mesmo que muito pouco, portanto, podem também ter o câncer nessa região. É bem raro, mas o paciente masculino deve se atentar. 1% dos casos de câncer de mama são homens. Para cada 100 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, há 1 homem com o mesmo diagnóstico. Geralmente ocorre em homens mais velhos com mais de 60 anos e pode ser mais comum em homens cujas famílias têm muitos casos de câncer de mama (até mulheres) e câncer de ovário.

Infelizmente, existe uma grande demora no diagnóstico, o que acaba dificultando o tratamento. De acordo com estudiosos e os próprios médicos, a principal razão para esse atraso no diagnóstico é o preconceito. Como o câncer de mama ataca as mulheres em grande parte dos casos, há uma falta de consciência da importância dos exames de rotina em homens.

As principais causas da doença nos homens inclui: alterações genéticas e hormonais, uma dieta rica em gordura, consumo excessivo de álcool e o uso de anabolizantes ou hormônios. Dessa forma, se auto examinar, conhecer o próprio corpo e deixar de lado o preconceito na hora de buscar ajuda é essencial.

Sintomas do Câncer de mama em Homens

Os homens devem se atentar aos sintomas, que podem ser fáceis de perceber. Entre eles, pode-se citar: presença de nódulo palpável, alteração na textura da pele, vermelhidão, retração da pele na região da aréola, gânglio na axila e em alguns casos raros pode haver a secreção sanguinolenta pela mama.

O tratamento do câncer de mama em homens é igual ao das mulheres: cirurgia para retirada do tumor e tecidos adjacentes, como margem de segurança. A diferença é que em quase todos os casos toda a mama do homem é retirada, incluindo mamilos e um gânglio da axila. Dessa forma, a recorrência do tumor se assemelha a zero e a saúde do paciente é preservada com maior segurança.

 

Afinal, ginecomastia e câncer de mama possuem alguma relação?

Essa pergunta está presente nos consultórios de médicos de todo o mundo, já que a ginecomastia é um problema comum em homens de todas as faixas etárias, principalmente em adolescentes na fase da puberdade e nos homens adultos que fazem uso de anabolizantes e hormônios para o crescimento de músculos, por exemplo.

A verdade é que a ginecomastia não tem nenhuma relação com câncer de mama, sendo diferente de um tumor de qualquer espécie. A ginecomastia é a própria glândula mamária do homem com problemas que a tornam maior que o normal. Dessa forma, a ginecomastia não causa câncer, assim como não é causada pelo câncer de mama.

Mas não é porque não é um problema maligno, ou seja, que não causa riscos de morte para o paciente é que deve ser ignorada. A ginecomastia é causada por problemas hormonais que podem significar problemas de saúde e até mesmo tumores nas gônadas masculinas.

Diagnóstico da ginecomastia

O diagnóstico da ginecomastia precisa ser adequado e ter as causas minunciosamente investigadas. Entre as atividades que o médico realiza para descobrir se de fato o quadro se adequa em ginecomastia, estão:

    • revisão da história clínica, tempo de evolução da ginecomastia, sinais e sintomas de doenças crônicas como insuficiência renal ou hepática, hipertireoidismo e tumores produtores de HCG;
    • pergunta sobre fertilidade, disfunção erétil, diminuição da libido, perda de cabelo, perda de força (procurando sinais de hipogonadismo);
    • questionar a presença de galactorréia (suspeita de hiperprolactinemia);
    • revisar o uso de drogas, álcool ou drogas (cannabis, anfetamina, heroína);
    • realizar exame físico, incluindo palpação da mama (distingue-se da pseudoginecomastia e avaliar a tuberosidade) e palpação do testículo ( tamanho, a consistência e a presença de nódulos).
E o tratamento, como deve ser feito?

Na ginecomastia causada por um desequilíbrio entre os hormônios masculino e feminino, o tratamento medicamentoso é a principal opção para regular e estabilizar os hormônios. Um exemplo de remédio para ginecomastia é o tamoxifeno, mas seu médico também pode recomendar, por exemplo, Clomifeno ou Dostinex.

Pode ser feita também a cirurgia. A cirurgia de ginecomastia, é projetada para reduzir o tamanho da mama masculina e geralmente é indicada quando outros tratamentos não tem efeito e os sintomas duram mais de 2 anos. A operação dura cerca de uma hora e meia e é realizada com sedação e anestesia local ou geral, dependendo do cirurgião plástico que realizará a operação. Durante o procedimento, um corte em forma de lua crescente é feito ao redor do mamilo para remover o excesso de tecido mamário, gerando pequenas cicatrizes quase que imperceptíveis.

Tratamento Cirúrgico

Com o tratamento cirúrgico, a ginecomastia não corre nenhum risco de voltar, já que as glândulas serão removidas. Outros tratamentos, como o medicamentoso, por exemplo, se o paciente voltar a ter problemas hormonais pode ter de novo a ginecomastia. Para te ajudar a perceber se possui ginecomastia ou não, confira os tipos de ginecomastia:

Assim como outras doenças, a ginecomastia possui 3 níveis, onde o primeiro é menos grave, ao passo em que o nível 3 é pior. É importante que assim que esteja no nível 1 o paciente já procure por ajuda:

    • 1º Ginecomastia de grau 1, na qual uma massa de tecido glandular concentrado aparece, como um botão ao redor da aréola, sem acúmulo de pele ou gordura;
    • 2º Ginecomastia de grau 2, na qual a massa do tecido mamário é dispersa e a gordura pode se acumular;
    • 3º Ginecomastia de grau 3, na qual a massa do tecido mamário é bastante dispersa e, além da gordura, também há excesso de pele nesse local.
A ginecomastia quando não tratada pode trazer outros problemas

Ocorrendo principalmente na adolescência, a ginecomastia pode trazer problemas psicológicos para o paciente. Além das mudanças corporais causadas pela puberdade, essa importante fase também implica uma série de mudanças psicológicas que afetam a visão de que as pessoas nessa faixa etária têm sobre si mesmas, dos colegas e da sociedade.

A delicadeza desse período pode destacar a dificuldade de lidar com ginecomastia para um jovem que desenvolve esse problema. Muitas vezes acontece, por exemplo, que o garoto não quer mais tirar a camisa em locais públicos e até deixa de ir às praias e clubes por causa da vergonha do corpo e do medo de ter contato com a opinião dos outros. Assim, como se afasta socialmente e até mesmo pode desenvolver ansiedade ou fobia social. Procurar ajuda profissional e multidisciplinar é ideal para o jovem passar por isso da melhor forma possível e sem maiores problemas.

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