Cirurgia para ginecomastia: Como é o pós-operatório?

Publicado em: 24/08/2017 | Última Atualização em 17/10/2024

A ginecomastia é o aumento na glândula mamária de uma ou de ambas as mamas masculinas. Decorrente de um desequilíbrio hormonal que pode ter diversas causas, incluindo a utilização de esteroides anabolizantes e medicamentos e determinadas doenças, a condição é mais frequente entre os adolescentes e entre idosos.

Muitos casos regridem de forma espontânea, mas, caso persistam por mais de alguns meses, é recomendável procurar ajuda médica. Dependendo da duração e do estágio evolutivo do caso, pode ser recomendado o tratamento com medicamentos ou a cirurgia de ginecomastia.

Tratamento cirúrgico

Quando todas as causas adjacentes foram tratadas, mas, mesmo assim, a condição se manteve, o médico sugere a cirurgia para remoção da glândula mamária e restauração da mama em seu aspecto original. Esse procedimento é frequentemente acompanhado por lipoaspiração, já que a remoção da gordura local facilita o isolamento da glândula.

O tratamento cirúrgico é uma solução mais rápida e eficaz, o que é bastante benéfico, especialmente quando o paciente demonstra perda de autoestima, vergonha de si mesmo e possíveis distúrbios psicológicos decorrentes.

O procedimento é simples e, em geral, consiste na realização de uma incisão ao redor da aréola por onde se retira completamente a glândula (de modo que não haja reincidência), a gordura e a pele em excesso. Outros procedimentos de ordem estética podem se fazer necessários para a restauração da região torácica, sempre procurando manter cicatrizes mínimas. A cirurgia geralmente dura entre uma e duas horas e é realizada com sedação e anestesia local. A alta hospitalar costuma ocorrer no mesmo dia, exceto em casos mais complexos, que são raros.

Pós-operatório

Após a cirurgia, é natural que o paciente sinta dor e perceba inchaço na região das mamas. Elas tendem a ficar arroxeadas e sensíveis ao toque, principalmente nas duas primeiras semanas. A cicatrização total ocorre após um ano. Em caso de sangramento ou qualquer outra complicação de cicatrização, é preciso retornar ao médico.

Nos dois primeiros dias, pode ser necessária a aplicação de drenos de secreções. Após a realização da cirurgia, o paciente passa a utilizar uma malha compressiva por um período de um a dois meses, que só deve ser retirada para tomar banho.

Para evitar a instalação de processos infecciosos, o cirurgião pode prescrever antibióticos, bem como analgésicos e anti-inflamatórios para reduzir a dor.

Retomando a rotina

Confira os prazos necessários para que o paciente retome suas atividades habituais:

  • Retorno ao trabalho e ao estudo: em cinco dias (casos mais simples) ou em até duas semanas (casos mais complexos);
  • Voltar a dirigir: em 20 dias;
  • Atividades físicas moderadas (caminhar, andar de bicicleta): em um mês;
  • Atividades físicas mais intensas: em dois meses após a realização do procedimento.

Observação: Para os fumantes, recomenda-se evitar o tabagismo por pelo menos 15 dias após a cirurgia, pois os componentes do cigarro são prejudiciais ao processo de cicatrização dos tecidos operados.

Informação Importante

Procure sempre por cirurgiões plásticos qualificados, em locais com toda a infraestrutura necessária para realizar o procedimento.

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